História de Safira Iris

 

Pais contrariam médicos no tratamento de tumor

 

Gabriel Mateus e Gabriela Freitas, pais de uma menina de seis anos, Safira Íris, a quem foi diagnosticado um tumor no rim, em 2010, não aceitaram a indicação dos médicos para que a criança se submetesse a quimioterapia durante seis meses com três medicamentos, um dos quais muito agressivo e que poderia causar sequelas futuras.

Numa decisão inédita no País, os pais de Safira decidiram interromper o tratamento e procurar uma alternativa terapêutica na Europa, pela cura e não pela sobrevivência. A decisão valeu-lhes um processo no Tribunal de Menores. Gabriel Mateus diz ao CM que a filha "está a reagir bem às vacinas com células dendríticas administradas na Alemanha", descoberta que deu o Nobel da Medicina este ano a R. Steinman.

Gentil Martins cético quanto à cura de Safira

 

 

Numa entrevista hoje publicada pelo "Correio da Manhã", o médico Gentil Martins mostra-se cético quanto à eficácia das vacinas com células dendríticas como tratamento contra o cancro, referindo ao mesmo tempo não existirem provas de que Safira Íris, a menina que os pais optaram por tratar através de uma terapia alternativa de vacinas com células dentríticas, esteja de facto curada.

"A única coisa que sabemos é que a criança está sem sintomas, não tem nada a ver com o estar curada ou não", afirmou Gentil Martins. O cirurgião pediátrico considera que serão precisos mais alguns anos para se poder que concluir que a criança está ou não curada, assim como da eventual eficácia deste tipo de terapia, sendo por isso prematuro utilizá-la como substituição da quimioterapia.

"A vacina cria falsas expectativas, impede tratamentos eficazes e aumenta a probabilidade de morte. Já houve três portugueses, com tumores em fase avançada, que foram à Alemanha fazer o tratamento miraculoso com as vacinas e morreram todos", acrescentou o médico na entrevista ao "Correio da Manhã".

Os pais de Safira Íris optaram por não seguir o parecer dos médicos portugueses de tratar o cancro do rim da sua filha de seis anos através de quimioterapia.

Os pais pensaram que o tratamento seria demasiado agressivo para as condições físicas de Safira e que não iria sobreviver à quimioterapia, optando por isso por a tratarem no estrangeiro através de vacinas com células dendríticas à revelia da decisão dos médicos que tentaram por via legal impedi-los de o fazerem.



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